domingo, 8 de maio de 2011

Sexto fichamento;autores:Eleida Livía Rafael Dantas;Fernando Henrique de LimaSá;Sionara Melo de Figueiredo de Carvalho;Anderson PontesArrunda;Evelane Marques Ribeiro;Erlane Marques Ribeiro;fonte: http://www.inca.gov.br/rbc/n_55/v03/pdf/67_revisao_literatura1.pdf

           

Genética do câncer hereditário
O câncer é considerado uma das maiores causas de morte no mundo e é definido como uma doença genômica, surgindo como conseqüência de alterações acumulativas no material genético (DNA) de células normais,as quais sofrem transformações até se tornarem malignas.
O câncer é uma doença genética, independentemente de ocorrer de forma esporádica ou hereditária, pois a carcinogênese sempre inicia com danos no DNA. Geralmente, esses danos são potencializados por agentes químicos, físicos ou virais. Qualquer célula normal pode ser sítio de origem de um processo neoplásico, mas para que este aconteça é necessária uma série de eventos, acumulados com o passar dos anos. A formação das neoplasias se dá pelo desequilíbrio entre a proliferação celular (ciclo celular) e a apoptose (morte celular programada). Esses eventos são regulados por uma grande quantidade de genes, que, ao sofrerem mutações, podem ter seus produtos expressos de maneira alterada, iniciando a formação de um tumor. Portanto, o câncer é uma doença de múltiplas etiologias.
Uma vez danificado o DNA, há três processos que podem ocorrer na célula: a morte celular pelo erro em si ou pela ativação da apoptose; o reconhecimento e reparo do dano; ou, mais raramente, a transmissão do dano para as células descendentes por falhas nos outros mecanismos. Mesmo que isto ocorra, pode não haver conseqüências importantes para a célula; no entanto, em alguns casos, danos ao DNA provocam uma alteração celular morfológica e funcional chamada displasia. A displasia confere vantagem à célula, pois ela passa a potencializar seu metabolismo anaeróbico, ficando menos susceptível a hipóxia.
Para que a carcinogênese ocorra são necessárias algumas condições, entre elas:
-         Ocorrência de mutação não-letal que confira algum tipo de vantagem à célula (por exemplo, vantagem proliferativa);
-         Ocorrência de outras mutações em outros genes da mesma célula que também confiram vantagens e que não sejam letais;
-         Existência de uma instabilidade genética (acúmulo de mutações gênicas por defeitos no reparo do DNA e/ou instabilidade cromossômica), isto é, deve haver uma diminuição dos mecanismos de controle celular sobre as mutações. Todavia, essa instabilidade não pode ser muito intensa a ponto de ativar o mecanismo de apoptose celular

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